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Governança por Evidências: Embasando as Deliberações com Indicadores

Por
Elimar Melo

Governança por Evidências: Embasando as Deliberações com Indicadores

A Governança por Evidências, um conceito de extrema relevância nos domínios empresarial e governamental, constitui-se como uma estratégia preponderante na tomada de decisões robustas, calcadas em dados mensuráveis e indicadores tangíveis. Esta abordagem confere uma estrutura capaz de assegurar que as organizações operem com eficácia, eficiência e integridade, em consonância com seus objetivos e metas mensuráveis. Neste contexto, os conselhos administrativos assumem um papel central ao balizar suas deliberações mediante indicadores chave de desempenho (Key Performance Indicators - KPIs).

Funções Inerentes à Governança

A Governança por Evidências encarna três funções essenciais:

  1. Estabelecimento de Objetivos Precisos: A primeira função se traduz no delineamento de metas e objetivos específicos que a organização almeja atingir. Estes alvos devem ser quantificáveis e estar em consonância com a missão e visão institucionais. Essa precisão facilita a medição e a avaliação do progresso rumo a esses desideratos.
  2. Coleta e Análise de Dados: A segunda função compreende a coleta de dados pertinentes e sua análise meticulosa. Isso engloba a identificação de KPIs intrinsecamente relacionados aos objetivos previamente estabelecidos. Os Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) funcionam como pontos de referência, permitindo aferir o desempenho da organização de maneira objetiva.
  3. Tomada de Decisões Baseada em Evidências: A terceira função reside na tomada de decisões embasadas em evidências empiricamente obtidas. Os indicadores chave de desempenho fornecem informações objetivas que orientam as escolhas estratégicas do conselho administrativo e da alta administração. Isso reduz a probabilidade de decisões impulsivas ou subjetivas, conferindo maior solidez às deliberações.

Conselhos Administrativos e sua Vinculação com Indicadores

Os conselhos administrativos desempenham um papel crucial no contexto da Governança por Evidências, uma vez que incumbem-se de definir os rumos estratégicos da organização e proferir decisões de alta relevância. Cumpre-lhes observar os seguintes aspectos:

  1. Seleção Criteriosa de KPIs: A seleção dos KPIs configura uma etapa crítica. Os indicadores escolhidos devem ser diretamente relevantes aos objetivos da organização e requerem monitoramento assíduo. Urge evitar a sobrecarga informacional, concentrando-se nos Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) de maior significância.
  2. Monitoramento Contínuo: Os KPIs são entidades dinâmicas e, por conseguinte, demandam monitoramento ininterrupto, a fim de que mantenham sua relevância e permitam à organização permanecer no caminho traçado em direção aos seus desígnios. Neste sentido, os conselhos administrativos devem realizar revisões periódicas dos indicadores e efetuar ajustes estratégicos quando necessários.
  3. Compreensão do Impacto: É de primordial importância que os membros do conselho possuam discernimento acerca da relação entre os KPIs e os resultados organizacionais. Isso implica a disposição para formular questionamentos críticos e aprofundar a compreensão das implicações dos dados a fim de subsidiar decisões embasadas.
  4. Transparência e Responsabilidade: A Governança por Evidências fomenta a transparência e a responsabilidade. Logo, os conselhos administrativos devem comunicar de maneira límpida as decisões embasadas em indicadores e prestar contas aos stakeholders quanto à direção estratégica da organização.

Em síntese, a Governança por Evidências constitui-se como um princípio basilar para direcionar a gestão eficaz das organizações. Os conselhos administrativos desempenham um papel de magnitude ao assegurar que suas deliberações estratégicas sejam enraizadas em dados sólidos e Indicadores Chave de Desempenho (KPIs). Essa abordagem não apenas potencializa o êxito organizacional, mas também incrementa a confiança dos stakeholders e promove a responsabilidade corporativa.

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